Os pedidos de recuperação judicial em setembro deste ano foram 34,5% menores que os de setembro do ano passado. Em agosto, a redução já tinha sido de quase 50%. O levantamento foi feito pela Serasa Experian e divulgado nessa quinta-feira. O país registrou 57 pedidos de recuperação judicial no mês passado e 87 em setembro de 2020.
Para o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, a melhora do cenário neste ano se deve ao acesso a linhas de crédito emergenciais e ao avanço da vacinação.
A recuperação judicial é usada pelas empresas para renegociar dívidas e evitar falência. É preciso apresentar à Justiça um plano que mostre que, mesmo com as dificuldades, a companhia ainda pode se reerguer. Quando a recuperação judicial é autorizada, o pagamento aos credores é adiado ou suspenso. E a empresa deve focar nos salários dos funcionários e na compra de matéria-prima e produtos essenciais para o funcionamento do negócio.
De acordo com a pesquisa da Serasa Experian, o setor de serviços foi o que mais registrou pedidos de recuperação judicial, seguido de comércio e indústria.
Já quando os pesquisadores comparam os portes de quem pediu recuperação judicial em setembro, a maioria é de micro e pequenas empresas, com 38. Já as médias empresas somaram 13 e as grandes, 6 pedidos de recuperação judicial.
O economista Luiz Rabi destacou o que leva à prevalência de micro e pequenas empresas entre as mais afetadas pela crise.
De janeiro a setembro, o país registrou quase 700 pedidos de recuperação judicial. No ano passado, no mesmo período, foram 955 solicitações e, de janeiro a setembro de 2019, antes da crise causada pela pandemia, foram 1.030 pedidos desse tipo.
*Com produção de Renato Lima