O preço do gás natural veicular, o GNV, bateu recorde histórico em novembro ao alcançar R$ 4,25 o metro cúbico, valor 39% acima da média histórica, que é de R$3,06, segundo o Monitor dos Preços do Observatório Social da Petrobras. O aumento vem após gasolina, diesel e gás de cozinha atingirem em outubro o maior valor desde 2001.
Os dados do Monitor mostram que o GNV começou a bater recordes em maio deste ano, a partir do aumento de 39% feito pela Petrobras. O levantamento utiliza dados de pesquisas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
O economista Eric Gil Dantas, do Observatório Social da Petrobras, explica que o preço do GNV está ligado ao valor do barril de petróleo e ao câmbio, porque a Petrobras indexa os contratos com as distribuidoras a esses dois fatores. Apesar da alta, ele acredita que a subida não deve seguir com tanta força neste ano.
Mesmo caro, o gás natural veicular ainda é o combustível mais barato no país. Por isso, motoristas têm optado pela conversão dos veículos. Só em setembro, foram instalados mais de 19 mil sistemas, segundo o Ministério da Infraestrutura.
O vice-presidente de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade, Claudio Torelli, explica que, antes do procedimento, é preciso avaliar a condição do carro, se o equipamento é compatível com a parte eletrônica do veículo e, principalmente, se a oficina é registrada pelo Inmetro.
Depois da instalação, o veículo deve ser submetido à inspeção de segurança veicular, que vai verificar se os componentes são certificados e se constam no site do Inmetro.