Cesta básica tem alta de preços em 17 capitais em abril, diz Dieese
A inflação de 13 itens da cesta básica de alimentos medida pelo Dieese teve alta em 17 capitais pesquisadas em abril. As cidades de Campo Grande e Porto Alegre apresentam as maiores taxas, com inflação média de mais de 6%, seguidas por Florianópolis, São Paulo, Curitiba, Brasília e Aracaju, todas com alta de 5% nos preços dos alimentos pesquisados no mês passado, que incluem óleo de soja, batata, café, leite integral, pão francês, arroz e feijão.
A pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, o Dieese, foi publicada nesta sexta-feira.
A batata teve especial aumento nas capitais da região centro-sul, com preço crescendo até 39% em Campo Grande. O leite integral registrou as maiores altas em Florianópolis, de 15%, e Curitiba, de 14%. Já o pão francês subiu em todas as cidades, com crescimento de 11% em Campo Grande, 9% em Aracaju e 7% em Porto Alegre.
A economista do Dieese Patrícia Costa destacou que os números estão muito acima da inflação geral medida pelo IPCA.
A cesta básica mais cara do país é a de São Paulo, que custou R$ 803 reais em abril, ou seja, 71% do valor do salário mínimo. A mais barata é encontrada em Aracaju, custando R$ 551 reais ou 49% do valor do salário mínimo. Essa cesta é calculada para suprir a necessidade alimentar mensal de uma única pessoa.
Já no acumulado dos últimos 12 meses, o Diesse registrou alta em 12 dos 13 alimentos pesquisados, com destaque para o tomate, com inflação de 125%, a batata, com alta de 78%, e o café em pó, que aumentou 74% nos últimos 12 meses na média das 17 capitais da pesquisa.