A venda de automóveis caiu 21% nos primeiros quatro meses desse ano comparado com o mesmo período do ano passado.
Entre janeiro e abril desse ano foram emplacados 553 mil novos carros. Em 2021, foram 703 mil emplacamentos no mesmo período.
Os números são da Anfavea, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, que atribui o resultado à crise no fornecimento dos semicondutores.
Em 2021, 14 fábricas tiveram períodos de paralisação na produção em função da falta do produto. Nessa segunda-feira, a Volkswagen de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, entrou em férias coletivas pelo mesmo motivo.
Mesmo assim, o setor aposta no crescimento. Todos os indicadores de abril tiveram resultados melhores que os do primeiro trimestre do ano.
A produção de veículos teve um leve crescimento de 0,4%, se comparado com março, e as vendas cresceram 0,3%. Apesar dos percentuais apontarem mais para a estabilização, a média diária de vendas de automóveis, em abril, alcançou a média diária registrada em todo o ano passado. Para Marcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, a aposta é de um segundo semestre melhor para o setor. Mas ele lembra que além da falta de semicondutores, ainda há outros desafios a enfrentar.
A crise dos semicondutores afeta a produção de automóveis e outros produtos em todo o mundo. Até o final de 2023, a promessa é de que 29 novas fábricas de semicondutores entrem em funcionamento. Duas delas até o final desse ano.