Após dois anos de queda, o abate de bovinos voltou a subir no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021, e chegou a quase 7 milhões de cabeças. Essa quantidade representa um aumento de 5,5% frente ao 1º trimestre de 2021, mas ficou praticamente estável em relação ao 4º trimestre.
Os dados da Estatística da Produção Pecuária, divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE, mostram também que o abate de 13,640 milhões de cabeças de suínos foi recorde para um primeiro trimestre.
Já o abate de frangos caiu tanto na comparação anual quanto na trimestral. Mas registrou o segundo melhor primeiro trimestre da série iniciada em 1997, com 1,550 bilhão de cabeças.
O supervisor da pesquisa do IBGE, Bernardo Viscardi, explicou que o aumento nos bovinos foi influenciado pelo maior abate de fêmeas, que vinham sendo poupadas pelo produtor para procriação, devido à valorização nos preços dos bezerros. Além disso, houve recorde de exportação de carne bovina para um primeiro trimestre.
Sobre o abate de suínos, Viscardi disse que seguiu a tendência de alta por ser uma proteína substituta à carne bovina.
De acordo com Viscardi, a queda no abate de frangos não pesou tanto no resultado do trimestre. A demanda do setor segue aquecida tanto pelas exportações como pelo mercado interno devido ao preço mais acessível.
O pesquisador destaca ainda a queda recorde de 9,3% na produção de leite no primeiro trimestre de 2022 em relação ao último trimestre de 2022.
Quanto à produção de ovos de galinha no primeiro trimestre deste ano, caiu 2% em relação ao mesmo período de 2021 e 2,5% frente ao 4º trimestre daquele ano.