O indicador que mede a Intenção de Consumo das Famílias avançou mais uma vez em julho, com alta de 1,2%. Com isso, o índice apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo alcançou 80,7 pontos, superando novamente os resultados de julho de 2020 e 2021. Mas, apesar do aumento apresentado por todos os itens que compõem a pesquisa, a maioria registrou desaceleração em relação a junho. O que reforça a necessidade de cautela nas projeções para os próximos meses, de acordo com a economista da CNC, Catarina Carneiro
O índice Perspectiva de Consumo, por exemplo, avançou apenas 0,2% em relação a junho, o que já demonstra essa desaceleração. Catarina avalia que as famílias devem seguir mais cautelosas em suas compras nos próximos meses, principalmente a parcela com renda abaixo de dez salários mínimos, que apresentou queda de 0,1% nas intenções de consumo futuras.
Já o principal impacto positivo veio do item que mede a satisfação com a Renda Atual, que subiu 2,4% frente a junho e 23,5% na comparação com julho do ano passado. No entanto, a avaliação é diferente de acordo com os recortes da população.
Mesmo diante dessas diferenças, a satisfação com o Emprego apresentou a maior pontuação do mês, 108,4, e Perspectiva Profissional apareceu em seguida, na marca de 100,3 pontos, alcançando nível satisfatório, algo que não ocorria desde abril de 2020.
Os números divulgados nesta terça-feira (02) também indicaram que a maioria dos consumidores, 45,3%, tem perspectiva positiva para o mercado de trabalho no próximo trimestre.