O IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado), principal indicador para reajustes de valores de aluguéis no Brasil, caiu 0,56% em novembro, após recuar 0,97% no mês anterior.
Com este resultado o índice, medido pela Fundação Getúlio Vargas, acumula alta de 4,98% no ano e de 5,90% em 12 meses, cenário bem diferente de igual mês do ano passado, quando o indicado variou apenas 0,02%, acumulando alta de 17,89% em 12 meses.
De acordo com André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da FGV, esse resultado se deve ao comportamento das grandes commoditties, e representa uma aceleração.
“Essa taxa apresentou uma queda menos intensa do que a do mês anterior, o que significaria uma aceleração, isso porque esse ritmo de queda está desacelerando porque combustíveis pararam de cair e a soja está ensaiando aumento”.
Ele também aponta que o IGP-M pode encerrar o ano próximo do IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que funciona como medidor oficial da inflação.
“O mercado estima que o IPCA termine em 5,7, 5,5% em 2022 e é provável que o IGPM termine igual, ou ligeiramente abaixo a depender da intensidade da taxa do mês que vem, de dezembro”.
As contribuições para este resultado partem dos três índices componentes do IGP-M: O Índice de Preços ao Produtor, que recuou 0,94% em novembro, após uma queda de 1,44% em outubro; o Índice de Preços ao Consumidor, que subiu de 0,50 para 0,64% na mesma base de comparação, e o Índice Nacional de Custo da Construção, o INCC, que variou 0,14% em novembro, frente a 0,04% em outubro.