Alvo de impasse entre governo e bancos, a taxa de juros do crédito consignado do INSS deve ser definida até a próxima sexta-feira (24). A informação é da Casa Civil, que pretende se reunir com o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi e representantes do sistema financeiro e de bancos, para buscar um acordo.
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, defendeu uma melhor regulação no tema e que o governo adote medidas de proteção aos aposentados e pensionistas.
No último dia 13 de março, o Conselho Nacional da Previdência Social aprovou a redução da taxa máxima de juros cobrada a aposentados e pensionistas do INSS, de 2,14%, para 1,7%.
Depois disso, a Febraban, Federação Brasileira de Bancos, criticou a medida e disse que ela causa efeito contrário do que se espera. Segundo a entidade, a redução dos juros do consignado do INSS restringe “a oferta de crédito mais barato, impactando na atividade econômica”.
Também após a redução dos juros, os bancos públicos, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, pararam de conceder empréstimo consignado aos aposentados e pensionistas do INSS. Para o presidente da Febraban, Sidney Oliveira, a atual taxa definida pelo Conselho “não atende a estrutura de custo dos bancos”.