A produção industrial do país cresceu apenas 0,1% na passagem de maio para junho. Foi a segunda taxa positiva seguida, mas ainda insuficiente para reverter a perda de abril, quando a taxa foi negativa: -0,6%.
Os dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta terça-feira (1º) pelo IBGE, mostram que em junho, somente 7 dos 25 ramos industriais investigados tiveram crescimento na produção. A maior influência positiva veio da indústria extrativa, que avançou 2,9% depois de crescer 1,4% em maio.
Já entre as 16 atividades em queda, os principais impactos foram: coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com -3,6%; veículos automotores, reboques e carrocerias, com -4,0%, e máquinas e equipamentos, que despencaram 4,5%.
Para o analista da pesquisa, André Macedo, o resultado de junho mostra uma manutenção no campo positivo, embora com uma taxa muito próxima da estabilidade.
Ele ressaltou que ainda que o primeiro semestre de 2023 mostre saldo positivo de 0,5% - quando comparado com o patamar de dezembro de 2022 - o ritmo está muito aquém do que o setor precisa para recuperar as perdas acumuladas nos dois anos de pandemia de covid-19.
Na comparação com junho de 2022, o avanço ficou em 0,3%. O resultado positivo foi disseminado apenas entre 8 dos 25 ramos pesquisados pelo IBGE.
Nos primeiros seis meses de 2023, o acumulado da indústria é de queda de 0,3%. Já o acumulado nos últimos 12 meses foi positivo, com taxa de 0,1%.