A Intenção de Consumo das Famílias ficou estável em setembro, descontados os efeitos sazonais, depois do crescimento que vinha sendo sustentado desde janeiro do ano passado. O indicador se manteve pelo segundo mês consecutivo acima dos 100 pontos, indicando satisfação dos consumidores. Além disso, quatro em cada 10 entrevistados afirmaram que têm intenção de compras nos próximos três meses, maior proporção desde março de 2015. No ano, todos os indicadores da pesquisa seguem apontando recuperação. As informações são da Confederação Nacional do Comércio.
A economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, explica que a melhora na percepção para aquisição de bens duráveis, cuja variação anual é de 54,9% de crescimento, está relacionada à redução dos juros e à inflação mais baixa desse tipo de produto.
O início da redução na taxa Selic também impactou positivamente a percepção sobre o acesso ao crédito: a proporção de pessoas afirmando que está mais fácil contratar crédito do que no ano passado aumentou 0,8 p.p., chegando a 29,3% do total de entrevistados.
A intenção de consumo das famílias com renda de até 10 salários mínimos se manteve a mesma de agosto e diminuiu 0,3% entre as famílias com maior renda. O indicador de perspectiva de consumo para os próximos três meses entre os consumidores de renda média e baixa avançou 0,7%, mas caiu 1,3% entre os de renda alta. De acordo com a CNC, essa diferença se deve ao pessimismo das famílias com maior poder aquisitivo em relação ao seu futuro no mercado de trabalho.