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Economia

Economia cresce 2,9% em 2023

PIB per capita ficou em pouco mais de R$ 50 mil
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Tâmara Freire - repórter da Rádio Nacional
01/03/2024 - 17:40
Rio de Janeiro

A economia brasileira cresceu 2,9% no ano passado e, com isso, o produto interno bruto do país somou R$ 10,9 trilhões. Este é o maior patamar já alcançado na série histórica, iniciada em 1996. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (1) pelo IBGE.

O resultado é bem próximo do alcançado em 2022, quando houve expansão de 3%. Mas, em valores correntes, em 2023, a soma de todas as riquezas produzidas no país alcançou uma cifra maior em cerca de R$ 1 trilhão, na comparação com o ano anterior. Com isso, o PIB per capita ficou em pouco mais de R$ 50 mil.

De acordo com o instituto, o principal motor desse crescimento, entre as atividades econômicas, foi a agropecuária, que teve expansão recorde de 15,1%, superando a queda em 2022. Isso foi resultado das super safras de soja e milho, duas das principais commodities brasileiras. Mas os outros grandes setores econômicos também tiveram avanço, que foi de 1,6% na Indústria e de 2,4% em Serviços, como explica a coordenadora de Contas Nacionais do Instituto, Rebeca Palis.

De acordo com o IBGE, no ano passado o setor externo contribuiu mais o crescimento da economia brasileira do que o mercado interno, o que aparece também nos números da balança comercial, que mostram aumento de 9% nas exportações. Mas considerando apenas a demanda interna, a expansão do PIB foi impulsionada principalmente pelo consumo das famílias, que cresceu 3,1% em relação a 2022. Rebeca Palis explica que entre os fatores que propiciaram esse aumento estão o crescimento da massa salarial, os programas de transferência de renda do governo e o arrefecimento da inflação.

Por outro lado, os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo caíram 3%. De acordo com a coordenadora do IBGE, isso está relacionado à alta taxa de juros, porque os investimentos dependem de crédito e a taxa Selic iniciou o ano com o maior valor da história e só começou a cair em agosto. Essa queda também ajuda a explicar o recuo de 1,2% nas importações. Após a divulgação feita pelo IBGE, o Ministério da Fazenda comentou em nota informativa os resultados, em que prevê um crescimento do PIB menor para este ano, de 2,2%, considerando que a agropecuária deve ter uma contribuição menor, mas apostando em recuperação da Indústria, retomada dos investimentos produtivos e continuidade da expansão da produção extrativa minera

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