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Saúde

Saúde passa a monitorar doenças pelo recorte étnico-racial

Nova ferramenta promete dar subsídios para enfrentar desigualdades
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Joana Côrtes - Repórter da Rádio Nacional
23/03/2025 - 17:31
São Paulo
São Paulo (SP), 28/02/2025 - Mês das Doenças Raras. Crianças com doenças raras no hospital Municipal Infantil Menino Jesus. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
© Paulo Pinto/Agência Brasil

O Ministério da Saúde lançou o Painel Equidade Étnico-racial, uma nova ferramenta que vai ajudar a monitorar e enfrentar as disparidades entre grupos étnicos e raciais no Brasil.

O Painel Epidemiologia e Desigualdades: Doenças e Agravos na População para Raça/Cor reúne informações detalhadas sobre o quesito raça/cor sobre casos de tuberculose, TB-HIV, hepatite B, hepatite C, sífilis, violência autoprovocada e violência interpessoal.

De acordo com o Ministério da Saúde, o panorama brasileiro evidencia a necessidade de fortalecer políticas públicas que promovam a equidade no acesso à saúde e incentivem ações direcionadas para reduzir as desigualdades raciais. 

A nova ferramenta, desenvolvida pelo Centro Nacional de Inteligência Epidemiológica e Vigilância Genômica, fornecerá subsídios para intervenções mais eficazes e inclusivas.

De acordo com o painel, a maior parte dos casos das doenças monitoradas está concentrada na população negra, ou seja, preta e parda. Entre os casos de tuberculose, em 2023, cerca de 60% deles foram registrados nessa população, enquanto a população branca representou 23,38% dos casos. Sobre o desfecho do tratamento, as pessoas pretas e pardas o interrompem com maior frequência entre os casos novos da doença.

Também em 2023, mais de 50% dos casos de hepatite B foram verificados entre as populações preta e parda, à medida em que 37% foram registrados na população branca. Já em relação à hepatite C, a população branca apresentou o maior percentual de casos no mesmo ano, 46,86%. A população negra, 44,01 %. 

 

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