Comunidades Avá Guarani ganham reparação por Itaipu 52 anos depois

Indígenas desalojados pela construção da usina hidrelétrica de Itaipu, no oeste do Paraná, vão receber uma área de 3 mil hectares de terras rurais na região. A compra do terreno será feita com R$240 milhões, a ser repassados hidrelétrica. O acordo histórico foi firmado pela Advocacia Geral da União, e homologado nessa terça-feira (25) pelo STF, o Supremo Tribunal Federal.
O acordo busca um reparo histórico e também reduzir a violência e a miséria enfrentadas pelas comunidades indígenas da região, que hoje somam 5.800 pessoas. A expectativa é garantir a segurança alimentar e o sustento das famílias, enquanto aguardam a demarcação definitiva de suas terras.
Estão previstas ações complementares, como recuperação ambiental das áreas compradas e serviços básicos, como água potável, saneamento básico, eletricidade, e unidades de saúde e escolas.
O drama das 31 comunidades Avá Guarani começou em 1973, com o início das obras de Itaipu, e se agravou a partir de 1982, quando houve o alagamento de toda a região que hoje compreende o lago que abastece a hidrelétrica. Essas terras continham locais sagrados para os indígenas, como cemitérios dos antepassados.
O acordo foi firmado entre a Itaipu Binacional, a Funai (Fundação Nacional do Índio), o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o Ministério de Povos Indígenas. A cerimônia aconteceu na Aldeia Atimirim, na cidade paranaense de Itaipulândia, e foi acompanhada por quatro ministros e representantes das comunidades Avá-Guarani.





