A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito subiu em março e chegou a 421% ao ano. Foi um aumento de quase 9,5% em relação ao mês anterior, o primeiro desde dezembro.
Mesmo assim, em 12 meses, o juros do rotativo teve queda de 12%.
O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (2) as Estatísticas monetárias e de crédito.
Esse rotativo do cartão de crédito é cobrado quando a pessoa não paga o valor total da fatura. É a taxa mais cara cobrada de pessoas físicas. Na sequência, estão o juros do cartão parcelado e o cheque-especial.
No geral, envolvendo todos os tipos de empréstimos, a taxa de juros média cobrada do consumidor comum ficou em 53,4%, uma queda de pouco mais de 5% em um ano.
O economista e professor universitário, William Baghdassarian, não espera mais reduções no resto ano pelo cenário econômico incerto.
“A gente tá num meio de um processo de tentar aprovar a reforma tributária, quando o Congresso quer colocar cada vez mais a mão no Orçamento. A gente vê uma questão de articulação política do governo, que ainda não foi tão eficiente quanto poderia. Então, a minha leitura, é que pros próximos meses a gente vai ver uma estabilidade no juros para a pessoa física e na concessão de crédito. Mas eu não vejo uma queda significativa no juros”.
O volume de dinheiro disponível para empréstimos subiu para R$ 5,8 trilhões em março, um aumento de 1,2%. Em 12 meses, esse aumento é de 8%.