Professores das redes estadual e municipais de toda Bahia fizeram, nesta terça-feira (15), uma passeata pela educação para marcar o primeiro dia de greve que vai durar até a próxima quinta-feira (17), na Bahia e em outro estados, em um movimento nacional pela educação.
Cerca de mil educadores, segundo a Polícia Militar, se reuniram na Praça Dois de Julho, no Campo Grande, e seguiram para a Praça Municipal, centro de Salvador.
Segundo a APLB Sindicato, que representa os professores da rede pública da Bahia, a mobilização é nacional e acontece em outros estados do país.
O coordenador da APLB Sindicato, Rui Oliveira, diz que os atos são, principalmente, contra a militarização e a gerência de Organizações Sociais nas escolas públicas, contra o projeto “Escola Sem Partido”, que chamam “lei da mordaça”, e contra o fechamento de escolas.
Ainda de acordo com a APLB, caravanas de cerca de 80 cidades do interior baiano participaram da passeata, em Salvador. A professora da rede municipal de Baixa Grande, Ábia Teixeira, conta que os educadores do município estão parados há 12 dias.
Carla Ora é professora da rede estadual, na cidade de Rui Barbosa, e também veio à capital para participar do ato.
Outras atividades estão previstas pela categoria, durante estes três dias de greve.
Nesta quarta (16), está agendado um debate sobre a reserva de jornada, divisão da carga horária entre atividades em classe e fora da sala, como plenejamento de aulas.. Na quinta-feira (17), último dia de greve, estão previstos atos nos municípios, prioritariamente nas prefeituras de cada cidade.
Em nota, a Secretaria de Educação da Bahia afirmou que paga o piso dos professores desde 2009. Em relação à terceirização, foi informado “que os novos contratos serão regidos pela Lei Anticalote, que reforça a preservação de direitos essenciais”.