Cerca de 50 estudantes abriram faixas e cantaram palavras de ordem em frente ao gabinete da Diretoria da faculdade. O ato teve como objetivo impedir que o aluno Daniel Tarciso, acusado de ter estuprado três estudantes, consiga o diploma de médico.
O estudante chegou a ser punido com uma suspensão de um ano e meio, mas retornou à faculdade e concluiu todas as disciplinas do curso de medicina na última semana de outubro.
Os manifestantes querem que a decisão da comissão de sindicância, que optou pela suspensão do estudante, seja revista e o aluno seja expulso da faculdade antes que possa conseguir o diploma.
Para a estudante do terceiro ano de medicina, Alice Quadros, a diretoria não era obrigada a aceitar a punição proposta pela comissão de sindicância.
Entre as infrações que o estudante teria admitido estão a confirmação de que oferecia bebidas alcoólicas batizadas para estudantes e ter fotografado uma aluna nua que era socorrida por uma ambulância.
Convidado para fazer um pronunciamento público sobre o caso, o diretor da faculdade, José Auler, alegou não ter espaço na agenda, mas recebeu seis estudantes para uma reunião fechada.
Segundo a assessoria de imprensa da faculdade o processo de Daniel Tarciso está sendo avaliado pelo departamento jurídico da USP e não é possível saber, por enquanto, se ele vai receber diploma de médico.