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Educação

Alunas denunciam assédio em escolas do Rio

Protesto
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Tâmara Freire
21/08/2018 - 18:50
Brasília

O que começou com algumas denúncias de assédio feitas por alunas do Colégio Pensi se transformou em uma onda de publicações sobre diversas escolas particulares do Rio de Janeiro.

 

E o movimento já saiu das redes sociais com protestos realizados em diversos colégios e a previsão de novas manifestações ao longo desta semana. A maior parte dos posts relatam assédios cometidos por professores de escolas renomadas da Região Metropolitana do Rio como o Elite e o Miguel Couto, além do Pensi, mas algumas publicações também denunciam outros funcionários e estudantes.

 

Cora Oliveira, de 12 anos, que organizou um dos protestos em uma escola de Niterói afirma que o problema é sistêmico e que as denúncias podem forçar as escolas a tomarem partido das estudantes  ao invés de fazer vista grossa e proteger os assediadores.

 

Conforme os relatos feitos nas redes sociais os acusados teriam constrangido alunas do ensino médio e fundamental com convites inapropriados, insinuações sexuais e até mesmo toques em partes íntimas.

 

Em alguns casos um mesmo profissional foi denunciado por diversas alunas e algumas também relatam que chegaram a procurar ajuda nas escolas, mas foram ignoradas e os assediadores, no máximo, foram transferidos para outras unidades.

 

Mas para Caíque Duarte, de 14 anos, que estuda em um colégio na Tijuca, zona norte da capital, o movimento também dá um recado para os meninos.



Em nota, a Rede Pensi afirmou que repudia qualquer tipo de assédio e discriminação e que a questão está sendo tratada com a comunidade escolar e as denúncias estão sendo apuradas. Além disso informou que possui um Comitê de Ética externo que já está avaliando cada denúncia e deve implementar ações rigorosas para banir casos semelhantes.

 

* Também por meio de nota, a Rede Elite afirmou que repudia qualquer tipo de assédio e discriminação e que se pauta no respeito ao próximo. Ainda segundo o comunicado, está apurando cada denúncia para tomar as providências.

 

A nota detalha algumas ações que serão realizadas como a formação de um Comitê de Ética e uma campanha de  conscientização. Já o Colégio Miguel Couto não se posicionou até o fechamento da matéria.

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