Maior desafio do Brasil é manter os alunos na escola, diz coordenador do Todos Pela Educação
O Brasil aumentou o investimento do Produto Interno Bruto na educação infantil, segundo relatório da OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Segundo o texto, o montante passou de 0,4% do PIB em 2010 para 0,7% em 2015.
O valor está ligeiramente abaixo da média da OCDE de 0,8%, mas acima de outros países latino-americanos como Argentina, Colômbia, Costa Rica e México.
Já o total aplicado na educação brasileira chega a 5,5% do PIB. Valor considerado como um dos maiores entre os países avaliados.
Mas, de acordo com Caio Callegari, coordenador de projetos do movimento Todos Pela Educação o dado deve ser visto com cautela.
O relatório da OCDE aponta que o valor que o Brasil gasta por aluno é um dos mais baixos entre os associados e parceiros. O salário pago aos professores também está abaixo da média.
Segundo Caio Callegari, o problema maior ainda está na permanência dos alunos na escola.
Metade da população adulta brasileira não concluiu o ensino básico.
Uma das causas apontadas é a desigualdade de renda, que, segundo o relatório, é uma das maiores entre os países-parceiros. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pela OCDE.
A avaliação é uma média de investimentos e desempenho entre os 35 países-membros da Organização e os países-parceiros, do qual o Brasil faz parte.