O Brasil tem cerca de 2,2 milhões de professores. Segundo dados do movimento Todos pela Educação é a profissão mais numerosa do país.
Pesquisa recente divulgada pelo movimento mostra que o docente está descontente com a profissão, que deveria ser comemorada nesta segunda-feira (15).
Além dos baixos salários, a violência nas escolas e as péssimas condições de trabalho são os fatores que mais desestimulam o professor, segundo a pesquisa.
O gerente de Políticas Educacionais do Todos pela Educação, Gabriel Correia, revela o que poderia melhorar o cenário.
"A percepção dos próprios professores é da importância de formação continuada, de programas de desenvolvimento profissional ao longo da carreira que ajudem os próprios professores a melhorarem a sua prática docente. Além disso, serem ouvidos no debate público, de políticas públicas. Muito se discute de política pública tangenciando a sala de aula, esquecendo que quem faz a política educacional, quem faz a educação acontecer são os professores, no dia a dia na sala de aula. Claro que a questão salarial é muito importante e o respeito da sociedade perante essa profissão que é tão importante."
O especialista acrescenta que, mesmo com todas as dificuldades, o professor ainda acredita na profissão.
"É uma profissão muito bonita. Grande parte dos professores não desistiram dos seus alunos no dia a dia e ainda tem alí a chama acesa, o brilho nos olhos prá fazer a educação acontecer."
O professor brasileiro é prioritariamente mulher, mora na Região Sudeste, tem entre 35 e 44 anos, atua na rede pública de ensino municipal, no interior do estado. Setenta por cento possuem especialização e tem, em média, 17 anos de trabalho.
