Ciee defende inclusão da diversidade e do respeito no currículo escolar
Os obstáculos para que uma pessoa trans consiga um posto de trabalho formal começam ainda na escola. Diante do preconceito, muitas acabam abandonando os estudos e futuramente só conseguem trabalhos informais.
Além da necessidade de o espaço escolar incluir a temática da diversidade e do respeito, iniciativas como a da aprendizagem profissional, são vistas por especialistas como uma forma de garantir maior igualdade de oportunidades.
Luan Costa, da Gerência de Aprendizagem do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), destaca que tem crescido essa consciência em algumas empresas.
A empregabilidade de pessoas trans foi tema do Seminário Aprendizagem Profissional: Alternativas e Perspectivas para as Juventudes, realizado nesta quarta-feira pelo Ciee com a presença de especialistas, jovens aprendizes e empresas que tem políticas de diversidade.
Luan acrescenta que a aprendizagem ainda durante o período escolar, como prevê a Lei 10.097 de 2000, garante mais chances de uma boa colocação profissional.
A Lei 10.097, conhecida como Lei da Aprendizagem, prevê que jovens de 14 a 24 anos que estejam estudando ou que já tenham concluído o ensino médio podem ser contratados como aprendizes.
A legislação estabelece que todas as empresas que tenham até sete funcionários são obrigadas a cumprir a cota de aprendizagem que vai de 5% a 15% do efetivo de funcionários.