A pandemia do novo coronavírus trouxe um desafio para a educação, não só no Brasil, mas em todo o planeta.
Instituições públicas e privadas passaram a implementar a Educação à Distância como forma de substituir o ensino presencial por causa da suspensão das aulas nas escolas. Mas, os especialistas alertam que é preciso tempo e planejamento para implementar esse modelo de ensino.
O primeiro estado brasileiro a oferecer aulas online na rede pública foi o Amazonas, que logo foi seguido pelo estado do Rio de Janeiro. Distrito Federal e São Paulo também estudam formas de implementar essa modalidade de ensino.
Em São Paulo, onde todas as escolas públicas entraram em recesso, o retorno às aulas será com o ensino à distância.
O secretário de educação paulista, Rossieli Soares, divulgou o aplicativo que deve ser usado por mais de 3,5 milhões de estudantes na volta as aulas no final de abril.
As escolas privadas também começaram a implementar o novo modelo de ensino, para o desespero de alguns pais. A dona de casa Deborah Monteiro tem dois filhos em casa, mas só um computador.
A educação à distância deveria ser aplicada apenas a partir dos últimos anos do ensino fundamental, ocupando, no máximo, 25% da carga horária total. Essa é a opinião da Undime, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.
Para o presidente da entidade, Luiz Miguel Garcia, as aulas presenciais no ensino infantil e na alfabetização são fundamentais. Nos demais casos, seria preciso um monitoramento para avaliar os resultados alcançados.
Para a diretora do Centro de Educação à Distância da Universidade de Brasília, Letícia Lopes, é preciso tempo para planejar e implementar a ensino a distância com sucesso e qualidade.
No mundo, de acordo com dados das Nações Unidas, 188 países determinaram o fechamento de escolas e universidades, afetando 1,5 bilhão de jovens e crianças, o que representa quase 90% de todos os estudantes do planeta.