O investimento público em Educação Pública sofreu estagnação e ficou em 5% do PIB, segundo o INEP - Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Os dados estão no Relatório do 3º ciclo de monitoramento das metas do PNE – o Plano Nacional de Educação, divulgado hoje (2).
Os investimentos em educação pública precisavam atingir 7% do PIB até 2019 e 10% dele ao final da vigência do Plano, em 2024. Mas, os resultados observados ficaram aquém, com um indicativo de pequena queda.
O relatório contém o monitoramento de 20 metas educacionais; e é apresentado a cada dois anos, para medir a evolução do plano.
Segundo o Relatório, os pontos que mais preocupam em relação à educação brasileira continuam sendo o baixo nível de aprendizado dos alunos, as desigualdades e a trajetória escolar irregular, que ainda atinge estudantes da rede pública do país.
A meta é oferecer ensino em período integral em pelo menos 50% das escolas públicas de educação básica; com pelo menos 25% das matrículas. Mas, o relatório mostra que entre 2014 e 2019, o percentual de alunos em tempo integral segue uma trajetória declinante, chegando a 15% das matrículas em 2019.
O coordenador geral de instrumentos e medidas educacionais do INEP, Gustavo Henrique Moraes, considera que ainda há muitos problemas; mas reconhece o esforço dos profissionais da Educação.
Uma meta que apresentou resultados positivos foi a de formação de professores. Os indicadores sugerem que o país tem sido capaz de aumentar a oferta de docentes com licenciatura em Pedagogia para as crianças pequenas. O desafio é ainda, a adequação da formação docente nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, que demandam professores especialistas em distintas áreas.
E sobre a formação dos professores, o relatório mostra que 41% dos docentes são pós-graduados em programas de especialização ou mestrado. Desses, a maioria tem títulos de especialização.