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Educação

Inep: 99,3% das escolas brasileiras suspenderam aulas presenciais

Pandemia fez parte das instituições ajustarem ano letivo de 2020
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Ariane Póvoa - Repórter da Rádio Nacional
08/07/2021 - 17:55
Brasília

99,3% das escolas brasileiras de educação básica suspenderam as atividades presenciais durante a pandemia. Para enfrentar questões pedagógicas relacionadas a essa suspensão, parte das instituições precisou ajustar a data do término do ano letivo de 2020.

Na rede particular, o cronograma previsto foi seguido por 70% das escolas. Já na rede pública de ensino, pouco mais de 53% das escolas conseguiram manter o calendário.

As informações são de um levantamento divulgado nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A pesquisa Resposta educacional à pandemia de covid-19 no Brasil foi aplicada entre fevereiro e maio de 2021, por meio de um questionário suplementar, durante a segunda etapa do Censo Escolar 2020.

Segundo o Inep, os dados são fundamentais para a compreensão das consequências da pandemia no sistema educacional brasileiro e também para a elaboração de estratégias e políticas de enfrentamento dos impactos da crise sanitária no ensino e na aprendizagem.

O percentual de escolas brasileiras que não retornaram às atividades presenciais no ano letivo de 2020 foi de 90,1%, sendo que, na rede privada, esse percentual foi de 70,9%. Nesse contexto, o levantamento aponta que mais de 98% das escolas do país adotaram estratégias não presenciais de ensino.

Na comparação com outros países, o levantamento revela que o Brasil teve um período expressivo de suspensão das atividades presenciais.

A média no país foi de 279 dias suspensos durante o ano letivo de 2020, considerando escolas públicas e privadas.

Dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) mostram que países vizinhos, como Chile e Argentina, registraram 199 dias sem aulas presenciais entre 11 de março de 2020 e 2 de fevereiro de 2021.

No México, foram 180 dias de paralisação, enquanto no Canadá, 163 dias. França e Portugal contabilizaram menos de um trimestre de aulas suspensas.

Mais informações sobre o levantamento estão disponíveis em gov.br/inep.

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