O reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Ricardo Lodi, reagiu de forma veemente ao projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa que propõe a extinção da UERJ. Além do fechamento da oitava instituição de ensino superior mais importante do país, a proposta defende a transferência do seu patrimônio e alunos para a iniciativa privada.
O projeto de autoria do deputado Anderson Moraes, do PSL, teve a tramitação por comissões da Casa Legislativa publicada no Diário Oficial do estado.
Ricardo Lodi afirmou que a proposta é inconstitucional e ressaltou a importância da instituição publica.
Durante sessão plenária nesta quinta-feira, o presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano, afirmou que, apesar do projeto ter sido protocolado e entrado no sistema da Alerj, enquanto ele presidir a casa, a chance da proposta entrar em pauta é zero.
O deputado Anderson Moraes argumentou, na justificativa do seu projeto, afirma que o objetivo é trazer maior eficiência ao ensino superior com redução de despesas, aumento da receita estadual e libertação ideológica dos estudantes.
O texto afirma ainda que a UERJ é um dos órgãos estaduais que causam maior impacto no orçamento do Rio de Janeiro.
A UERJ foi criada em 1950, por decreto municipal, quando o Rio de Janeiro ainda era capital do país, com o nome de Universidade do Distrito Federal. Em 1961, após a transferência da capital para a recém-inaugurada Brasília, a instituição passou a se chamar Universidade do Estado da Guanabara e, em 1975, ganhou o nome definitivo de Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Primeira universidade do país a implantar um sistema de reserva de vagas por cotas raciais para ingresso via vestibular, a UERJ tem atualmente cerca de 43 mil alunos, distribuídos por 16 campis, 515 laboratórios e duas unidades de saúde, que prestam importante papel no atendimento médico à população.