Antes do grito do Ipiranga, em junho de 1822, formou-se, na Bahia, um governo rebelde que desafiou o comandante de armas português nomeado para a província. A partir do Recôncavo Baiano, formaram-se tropas que cercaram a cidade de Salvador. Era o início da Guerra da Independência na Bahia. O historiador Sérgio Guerra Filho, professor da Universidade Federal do Recôncavo Baiano. conta que esta guerra uniu grandes proprietários de terras a setores populares da sociedade.
A Guerra da Independência na Bahia foi uma guerra de cerco, com duas batalhas mais importantes, a batalha do Pirajá, em novembro de 1822, e a batalha da Ilha de Itaparica, em janeiro de 1823, quando os portugueses buscaram controlar a Bahia de Todos os Santos, segundo destacou o professor Sérgio Guerra.
A guerra teve duas fases, uma exclusivamente baiana, e outra nacional, que começou quando Dom Pedro enviou o general francês Pedro Labatut para ajudar as forças baianas. O professor Sérgio Guerra conta que o militar organizou o cerco a Salvador por quase todo o período da guerra, mas acabou preso por se desentender com os proprietários de terras e escravos da região.
Em maio de 1823, chegou a Salvador a esquadra do Escocês Lorde Cochrane, também contratado por Dom Pedro, que bloqueou a entrada pelo mar da cidade. Sem reforços e sem comida, o exército português se entregou no dia 2 de julho, 10 meses após o Grito do Ipiranga, consolidando a expulsão dos portugueses da Bahia.
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*Com produção de Beatriz Evaristo, sonoplastia de José Maria Pardal.