Vinte e cinco alunos de um colégio de Maceió, em Alagoas, foram "convidados a serem transferidos” nesta semana por causa de um trote. A "brincadeira" resultou em danos nas dependências da instituição no início do mês.
De acordo com o Colégio Santa Úrsula, os alunos teriam levado ovos, amido de milho, sinalizadores e bombas. E algumas pessoas ficaram feridas; e outras, com problemas respiratórios.
A prática desse tipo de "brincadeira", por parte dos alunos, tem gerado preocupação entre instituições e comunidades estudantis. Há algumas semanas, um estudante da Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais, entrou em coma alcoólico após um “trote” em uma república. A universidade abriu um processo administrativo disciplinar.
De acordo com a psicóloga Ângela Branco, as entidades escolares precisam tomar medidas preventivas continuamente. Segundo ela, o "trote" não pode ser confundido com "vandalismo". O trote saudável é caracterizado como um ritual, onde há ações com os ingressantes para criar um efeito de “pertencimento” à comunidade escolar.
Entre as medidas administrativas possíveis, a psicóloga lembra que é necessário deixar claro para a comunidade estudantil os limites entre brincadeiras saudáveis e práticas de bullying, por exemplo.
Em nota, o Colégio Santa Úrsula informou que conversou com os alunos e enviou comunicados às famílias dos estudantes envolvidos no ato em Maceió. Todos envolvidos foram identificados por meio dos equipamentos de gravação e por vídeos fornecidos por outros alunos.
