Gulnar Azevedo toma posse como reitora da Uerj
A professora Gulnar Azevedo toma posse nesta quarta-feira (10) como reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Ela será a segunda mulher a exercer o cargo máximo em 73 anos de história da Uerj, função ocupada pela também médica Nilcea Freire, entre 2000 e 2003.
Gulnar Azevedo é graduada em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, tem mestrado em Saúde Coletiva também pela Uerj e doutorado em Medicina Preventiva na USP. Foi coordenadora de prevenção do Instituto Nacional de Câncer, o INCA, entre 2003 e 2007 e presidente da Abrasco, Associação Brasileira de Saúde Coletiva. É professora do Instituto de Medicina Social da Uerj desde 2000, onde foi diretora entre 2016 e 2020.
A nova reitora da Uerj explica que são várias as prioridades durante a sua gestão, especialmente a garantia de autonomia da universidade.
“A prioridade que a gente coloca, a prioridade máxima é a gente garantir na nossa universidade a autonomia financeira, administrativa e acadêmica. Nesse sentido, a gente está trabalhando bastante para que a gente possa ter a garantia do nosso financiamento necessário para tocar esses inúmeros cursos que a universidade tem”.
Gulnar acrescenta que outros focos importantes são acessibilidade, inclusão, ampliação da alimentação, desburocratização do ingresso e permanência na universidade, melhorias salariais e de condições de trabalho e promoção da saúde, especialmente diante de casos crescentes de problemas de saúde mental. Ela ressalta algumas medidas que já vem sendo implementadas.
“A gente ampliou até dezembro o auxílio alimentação. E nós também fizemos um ato que garante que as bolsas estudantis, as bolsas de permanência, que são as bolsas pros cotistas né, as bolsas de vulnerabilidade que a Uerj dá para aqueles estudantes que têm dificuldade financeira, a gente ampliou, reajustou o valor das bolsas, segundo o reajuste do salário mínimo”.
Gulnar também reforça a importância da presença feminina em grandes cargos em universidades.
“É muito bom. Eu acho que cada vez mais as mulheres tem que estabelecer esse trabalho de ocupar esses cargos, eu acho que é fundamental. A gente tem que ter uma equidade de gênero. E justamente por isso nós vamos criar, já começamos a trabalhar nesse sentido, uma superintendência de igualdade racial e de gênero”.
De acordo com a reitora, outra grande dificuldade a ser superada é a questão da aproximação do mundo de trabalho, inclusive com a ampliação ou criação de novos cursos. Ela confirma que também haverá um reforço nos convênios com outros países, especialmente nas áreas tecnológica, da saúde, letras e ciências sociais.