A partir desta segunda-feira, a vacina contra a hepatite A passa a ser oferecida em todas as clínicas da família e centros municipais de saúde da cidade do Rio. A expectativa da Secretaria Municipal de Saúde é vacinar no primeiro ano, 86 mil e 500 crianças, na faixa etária de um a dois anos idade. A imunização passa a ser incorporada à rotina das unidades de saúde. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a proteção contra a doença é desenvolvida cerca de quatro semanas após a aplicação e dura a vida inteira, evitando casos graves, que podem levar à morte. A chefe do ambulatório de hepatites virais do Instituto Oswaldo Cruz, da Fundação Oswaldo Cruz, Lia Lewis Ximenes, explica que além da vacina, a melhor forma de prevenir a hepatite A é o saneamento básico e as práticas de higiene, já que o contágio é feito pela água e alimentos contaminados.
Segundo Lia, a maioria das pessoas não apresenta os sintomas da doença, que atinge o fígado e pode causar dores abdominais, náuseas, vômitos e diárreia. Mas um sinal peculiar das hepatites é o quadro de icterícia, no qual os olhos da pessoa contaminada ficam amarelados, a urina escura e as fezes mais claras. Nestes casos, é importante recorrer o mais rápido possível à ajuda médica. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, todos os anos ocorrem cerca de 1,4 milhão de casos da doença no mundo. No Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde estima que ocorram por ano 130 novos casos a cada 100 mil habitantes, e que mais de 90% da população maior de 20 anos tenha tido exposição ao vírus.