O Brasil reduziu a taxa de mortalidade de crianças menores de cinco anos, em 77%. As doenças não são as maiores responsáveis pela mortalidade infantil. Os dados são do Uunicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância. Segundo o órgão, entre os anos de 1990 e 2012, o número de mortes nessa faixa etária caiu de 62 a cada mil nascidos vivos, para 14.
De acordo com o coordenador nacional de Saúde da Criança, do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha, a diarreia e a pneumonia são as doenças que mais afetam as crianças brasileiras.
Mas, segundo o Ministério, nos últimos anos, o conjunto de políticas de atenção à saúde levou à quase extinção de internações por doenças como desnutrição, sarampo, meningites, diarreia e pneumonia. De alguns anos pra cá, as doenças não são o maior inimigo da criança brasileira. Isso porque as pesquisas mais recentes da organização não-governamental “Criança Segura”, mostram que as principais causas de morte infantil a partir de um ano de idade no Brasil, são lesões, acidentes de trânsito, envenenamentos, afogamentos, quedas e queimaduras.
Entre as mortes por acidente, o trânsito é responsável por 33%dos casos. Em seguida estão o afogamento e o sufocamento, com 23% cada um.
Paulo Bonilha chama a atenção para os acidentes domésticos, que podem ser prevenidos.
A ONG Criança Segura aponta, também que os acidentes acontecem, em maior parte, com crianças de família de baixa renda. As mais afetadas vivem em situação de pobreza extrema, em áreas rurais ou em zonas de conflito.