Em meio a crise de falta de água, na zona oeste do Rio, moradores ainda correm o risco de comprar água de pontos de distribuição clandestinos.
Uma operação liderada pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais lacrou três pontos irregulares de captação de água. As fontes que abastecem os caminhões não tem qualquer controle de qualidade da água recolhida.
Em apenas um dos pontos clandestinos, foram flagrados 4 caminhões pipa que retiravam água de sete reservatórios. Quase 100 mil litros de água eram armazenados no local.
Os veículos distribuíam água na zona oeste da cidade, onde o preço do caminhão vai de setecentos a mil reais.
O coordenador de combate à crimes ambientais da Secretaria de Meio Ambiente, José Maurício Padrone, afirmou que a extração clandestina de água agrava o quadro dos moradores da zona oeste.
SONORA
De acordo com a coordenadoria, no momento da compra do carro pipa, o consumidor pode pedir pra ver o documento que autoriza a extração e informa a origem da água.
Uma das localidades que mais têm sofrido com a falta de água é a comunidade Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade.
Na entrada da comunidade, a fisioterapeuta, Valeria de Mattos, contou que os moradores fazem fila, durante a madrugada para pegar água em cano rompido da tubulação da CEDAE.
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A companhia informou por nota que tem conjunto de obras no valor de R$ 200 milhões, está em andamento, na região. As intervenções vão ampliar o abastecimento da Barra, Recreio, Jacarepaguá, Vargem Grande e Vargem Pequena.
Entre as obras estão a construção de reservatórios e assentamento de adutoras, troncos e distribuidoras. A companhia informou ainda que o calor excessivo e a estiagem prolongada agravam o problema.