Organizações que apoiam a criação do estado do Tapajós cobram do Congresso Nacional um novo plebiscito sobre o assunto.
Em 2011, 66% dos mais de quatro milhões de eleitores paraenses votaram contra o desmembramento do estado.
Dessa vez, o Instituto Cidadão Pró Estado do Tapajós quer que a decisão fique por conta apenas de quem mora no Oeste paraense, região que abrange 23 municípios.
Para isso, o vice-presidente do Instituto, Jean Carlos Leitão, aposta na criação de um projeto de lei de iniciativa popular. Com um pouco mais de um milhão de assinaturas, o projeto tem chance de tramitar no Congresso. Em três anos, foram recolhidas cerca de 500 mil.
Sonora:" protocolando no Congresso Nacional esse montante de assinaturas, do Plip, sendo aprovado, apenas a área diretamente interessada que será emancipada, será consultada e decidirá se criará, ou não, o novo Estado."
O deputado federal Arnaldo Jordy, do PPS do Pará, contrário à divisão do estado no plebiscito de 2011, diz que a rediscussão do caso tem que ser mais abrangente
Sonora: "O desenho que foi proposto à época foi uma proposta de divisão completamente aleatória, sem nenhum critério geopolítico, sem nenhum critério geopopulacional, sem nenhum critério geoeconômico, mas eu acho que é preciso fazer esse debate de forma responsável e dentro de uma visão multifatorial e dentro de uma visão que envolva os entes que vão participar do processo."
A Constituição estabelece que o desmembramento de municípios será apenas por lei estadual depois de consulta às populações dos municípios envolvidos.
Atualmente estão em análise no Congresso Nacional duas propostas de emenda à Constituição que propõe a consulta apenas às populações das áreas a serem emancipadas. A PEC 327 de 2013, apensada à PEC 297 do mesmo ano, já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.