O ex-governador Agnelo Queiroz pode ter descumprido a Lei de Responsabilidade Fiscal em 2014. É o que aponta uma auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal.
Segundo o documento, Agnelo fez dividas sem deixar dinheiro em caixa para o atual governador Rodrigo Rollemberg pagar.
Prática que é proibida, de acordo com o artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal.
A lei diz que o gestor não pode contrair despesas nos últimos oito meses de mandato que tenham que ser pagas pelo próximo governador.
O valor em dívidas contraídas é de R$ 173 milhões.
Somado a esse isso, tem as despesas realizadas em 2014, que deixaram de ser registradas na contabilidade.
Esses gastos chegam a R$ 2 bilhões e 200 milhões e são relacionados a folhas de pagamento de servidores da educação e saúde, compra de material, realização de obras e prestação de serviços.
Além de Agnelo, a auditoria responsabiliza o então secretário de Planejamento, Paulo Antenor de Oliveira, o subsecretário da pasta, Caio Abbott, o ex-secretário de Fazenda Adonias dos Reis Santiago e os ex-subsecretários de Tesouro Paulo Santos de Carvalho e Francisco das Chagas Silva.
De acordo com o advogado de Agnelo Queiroz, Paulo Guimarães, o ex governador afirma que todos seus atos foram dentro da Lei e que vai apresentar a defesa no prazo de duas semanas dado pelo Tribunal de Contas do DF para esclarecer os pontos considerados irregulares.
A reportagem não conseguiu contato com os demais citados pelo TCDF.