O Hemorio, Instituto de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcante, realizou, nesta quarta-feira, um evento para incentivar a inserção dos pacientes hemofílicos na vida escolar e no mercado de trabalho, na sede da instituição, no Centro do Rio.
O objetivo do encontro foi ajudar na identificação de aptidões, abordar os cuidados necessários para diminuir as limitações impostas pela hemofilia e encaminhar os candidatos para órgãos que podem ajudar na inclusão social dos pacientes.
A hemofilia é um distúrbio genético que dificulta a coagulação do sangue. Além da necessidade da prevenção e dos riscos de hemorragias, os pacientes hemofílicos ainda precisam superar eventuais desconfianças dos empregadores.
O residente em medicina, Pedro Henrique Jardim, contou que perdeu algumas aulas durante a faculdade, mas não permitiu que a hemofilia o impedisse de seguir o projeto de vida que havia planejado.
De acordo com o Hemorio, nas antigas modalidades de tratamento da Hemofolia não previam a profilaxia desde a infância, conforme o recomendado. Por isso, pacientes até os 25 anos enfrentavam com maior frequência intercorrências clínicas que os obrigavam a faltar o trabalho ou a escola. Essa realidade mudou e o tratamento preventivo passou a ser ofertado para todos os pacientes. Mas ainda é preciso desmistificar a ideia de que a pessoa com hemofilia não pode exercer atividades rotineiras.
A médica hematologista, Mônica Cerqueira, afirmou que a vida ativa traz benefícios adicionais para o controle do distúrbio.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem cerca de 11 mil hemofílicos, entre casos leves e graves. Cerca de 1.300 pacientes com hemofilia têm cadastro ativo no Hemorio.