O Brasil enfrenta uma tríplice epidemia causada pelo mosquito Aedes aegypti. A avaliação é do médico e vice-presdiente da Fiocruz, Valcler Fernandes. A Fiocruz é um dos órgãos responsáveis pelo estudo e identificação da zika, dengue e chikungunya no país.
Ao participar de sessão de debates no Senado, Valcler Fernandes falou que os cientistas lidam com um processo muito complexo, com relação à transmissibilidade do vírus.
A médica Adriana Melo, quem primeiro identificou a zika em grávidas de bebês com microcefalia, disse que seus estudos e conversas com colegas mostram que são identificados dois padrões da doença nas nossas crianças.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, falou em números. Disse que, se antes, eram cerca de 150 notificações anuais, hoje, esse número saltou para 5 mil.
Desses, 563 foram confirmados. Além disso, 91% dos casos estão na Região Nordeste, onde houve surto de zika no início do ano passado.
Já o presidente do Senado, Renan Calheiros, lembrou que é dever de todos combater o mosquito. Acrescentou que os problemas de saneamento básico contribuem para a proliferação do mosquito causador das doenças.
O assunto vai ser discutido no Congresso. O senador Paulo Bauer, do PSDB, foi eleito presidente da comissão mista que vai analisar a Medida Provisória 712 de 2015, que trata de ações emergenciais de combate ao mosquito Aedes aegypti.
Entre elas, está a permissão para que agentes de saúde e de segurança entrem em imóveis públicos ou particulares abandonados para que as equipes possam eliminar focos do Aedes aegypti. O deputado Newton Cardoso Júnior, do PMDB, será o relator da medida provisória.





