Justo no momento em que uma ação tramita no Supremo Tribunal Federal para derrubar a classificação indicativa sob o pretexto de que a norma em questão acarreta censura e, dessa forma, fere o artigo 5º da Constituição, Viva Maria compartilha perplexidades sobre o papel da chamada grande mídia na violação de direitos e incitamento à violência.
Ainda esta semana, eu tive a oportunidade de assistir, num determinado canal de televisão, a apresentação de um jornal que mistura café com fofoca, comentários sobre a política nacional e música pra todos os gostos, trechos de um programa da mesma emissora com cenas de um matador profissional que, sem o menor pudor, ostentava em seu currículo mais de 3 mil assassinatos, na Colômbia. Isso às 8h30.
E a pergunta que não quer calar é: Se com classificação indicativa que, pelo menos em tese, impõem limites à caça pela audiência a qualquer preço, onde fica a proteção aos direitos das crianças e adolescentes diante de conteúdos tão danosos à formação de qualquer pessoa?
Numa tentativa de encontrarmos resposta para essa questão, deixa eu chamar a participação da jornalista, escritora e gerente de qualificação de mídia da Andi comunicação e Direitos, Suzana Varjão. Seja muito bem-vinda ao Viva Maria.
Viva Maria: Programete que aborda assuntos ligados aos direitos das mulheres e outros aspectos da questão de gênero. É publicado de segunda a sexta-feira. Acesse aqui as edições anteriores.