As Forças Armadas fizeram neste fim de semana o balanço da participação dos atletas militares nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Dos 462 atletas da delegação brasileira, 145 – quase um terço – são militares.
Das 18 medalhas do Time Brasil, 12 foram conquistadas por atletas ligados à Marinha, ao Exército ou à Aeronáutica.
A judoca Rafaela Silva, que conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil nesta Olimpíada, comentou sobre a vantagem de fazer parte da equipe da Marinha.
Na segunda-feira da semana passada, o técnico Marcos Goto criou polêmica ao criticar a vinculação de atletas às Forças Armadas. Goto afirmou que os militares só escolhem atletas de alto rendimento e com bom desempenho, que provavelmente já conseguiriam medalhas.
Marcos Goto é o treinador de Arthur Zanetti, sargento da Aeronáutica e que conquistou a prata nas argolas.
Cerca de 670 atletas fazem parte do programa de alto rendimento das Forças Armadas. Eles são selecionados por meio de um concurso público que leva em conta o desempenho anterior.
Outros 21 mil jovens são incorporados às equipes militares por meio de programas de iniciação e incentivo ao esporte.
O presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil, almirante Paulo Zuccaro, respondeu que críticas como essa são resultados da falta de informação.
De acordo com o almirante Zuccaro, agora o momento é de pensar no futuro e esse futuro não é apenas a Olimpíada do Japão, em 2020.
O almirante Paulo Zuccaro, informou que o Ministério da Defesa destina R$ 18 milhões por ano para atletas de alto rendimento. Já o Ministério do Esporte investiu, nos últimos cinco anos, R$ 120 milhões nas instalações esportivas militares e R$ 25 milhões para levar atletas brasileiros às principais competições mundiais.
Zuccaro acrescentou que as Forças Armadas pretendem ampliar os programas voltados para o esporte e criar uma versão paralímpica. Mas, segundo ele, ainda falta garantir a verba.