O Ministério Público Federal no Pará deu 30 dias para a Norte Energia concluir o sistema de abastecimento de água na Volta Grande do Xingu, no Pará. E até que termine a obra, a empresa deve fornecer água potável para os índios da aldeia Terrawangã.
Segundo o MPF, a Norte Energia, responsável pela construção da usina Belo Monte, não concluiu até hoje o sistema de abastecimento para os moradores da aldeia. Eles vivem no trecho do Xingu que sofre o maior impacto da hidrelétrica, com redução de 80% da vazão do rio.
Na recomendação, o Ministério Público alega que a comunidade está consumindo água do Rio Xingu sem nenhum tratamento. E por conta disso, os casos de doenças estão se multiplicando na região.
Em nota, a Norte Energia esclarece que, em 2012, construiu um Sistema de Abastecimento de Água na Aldeia Terrawangã, mas por causa de problemas naturais, o poço não apresentou vazão suficiente para abastecer a comunidade.
A empresa explica ainda que a cobrança atual é para que seja construído novo Sistema de Abastecimento para as novas casas, em fase de construção. Para isso, a Norte Energia já contratou empresa para perfurar um novo poço na comunidade, para atender as novas residências. As obras estão em execução.
Sobre a vazão do rio, a Norte Energia afirma que a região está sofrendo a seca mais rigorosa observada nos últimos 47 anos.
E as vazões mínimas disponíveis para liberar para a Volta Grande do Xingu, após o reservatório alcançar a cota mínima, vão depender do regime de chuvas e das vazões naturais do rio Xingu, que até outubro serão extremamente baixas.
