O penúltimo dia de revezamento da tocha olímpica foi marcado por muita emoção e um protesto. O percurso começou na zona oeste, onde o ponto alto foi o momento em que Zagallo carregou a tocha.
Aos 84 anos, sobre uma cadeira de rodas, o ex-jogador e ex-técnico da Seleção Brasileira comoveu o público.
Depois, a tocha passou por pontos históricos do samba, como os bairros de Oswaldo Cruz e Madureira, na zona norte. Por volta das 22h, chegou à Praça Mauá, no centro da cidade, onde encontrou uma grande festa e um protesto da Frente Internacionalista Sem Teto.
Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra a presidenta afastada Dilma Rousseff, o presidente interino Michel Temer e o secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Melo, enquanto ele discursava na cerimônia.
A festa no Boulevard Olímpico da Praça Mauá começou cedo, com a transmissão do jogo entre Brasil e África do Sul. Depois, seguiu com Djs e shows da bateria Furiosa, da Escola de Samba Salgueiro, do cantor Diogo Nogueira e da banda de reggae Cidade Negra.
A cobradora de ônibus Luciana Augusta foi junto com o marido e o filho. Gostou muito da cerimônia, mas esqueceu de carregar o telefone celular.
Quando chegar ao Maracanã, nesta sexta-feira (5), para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a tocha terá percorrido mais de 30 mil quilômetros, o que corresponde a uma volta e meia ao redor da Terra.
Foram 12 mil condutores que passaram por 327 cidades ao longo de 95 dias.