No dia 14 de fevereiro de 1929, a cidade de Chicago, nos Estados Unidos testemunhou um dos acontecimentos mais cruéis do mundo do crime daquela época: O Massacre de São Valentim. O motivo da chacina foi o conflito entre os gangsters pelo controle do álcool durante a vigência da lei seca. De janeiro de 1920 a dezembro de 1933, a produção, o transporte e a venda de álcool eram proibidos nos Estados Unidos.
Na clandestinidade, Al Capone era o principal distribuidor de bebidas alcoólicas, na parte Sul de Chicago. Outro infrator, na região Norte da cidade, Banion Moran, contrabandeava o álcool. Por ordem de Capone, seus capangas disfarçados simularam uma entrega de mercadoria à quadrilha rival. Era um ardil.
Manhã de 14 de fevereiro, data equivalente ao Dia dos Namorados no Brasil. Os membros da gangue de Moran estavam reunidos numa garagem, na parte Norte de Chicago. Eles foram atraídos pela promessa de venda de wisky roubado por um bom preço. Às 10h30, informantes de Capone confirmaram aos pistoleiros a presença do grupo naquele local.
Em pouco tempo, estacionou um carro que havia sido roubado da polícia. Saltaram dois homens disfarçados de policiais e mais dois com roupas comuns. Caracterizados de homens da lei, invadiram o local e ordenaram que a gangue ficasse contra a parede. Depois de revistados, sinalizaram aos outros dois, à paisana, que abrissem fogo. As rajadas das sub-metralhadoras Thompson, fuzilaram o bando de Moran.
As atividades ilegais de Al Capone eram estimadas em US$ 60 milhões por ano. Entretanto, ele queria consolidar o controle da cidade eliminando Moran. Quando a polícia chegou ao local dos assassinatos, encontraram uma vítima ainda com vida que se recusou a dizer quem havia realizado o ataque. Moran não estava lá, mas o massacre transformou Al Capone no inimigo público número um.
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