Os policiais militares acusados de executar dois suspeitos em frente à escola municipal Daniel Piza em Acari, na zona norte do Rio de Janeiro, vão poder responder ao processo em liberdade.
Os policiais militares Fábio de Barros Dias e David Gomes Centeno são acusados pela morte de Júlio César Ferreira de Jesus e Alexandre dos Santos Albuquerque. A cena em que eles atiram nos suspeitos caídos no chão em frente a escola municipal em que a menina Maria Eduarda da Conceição morreu foi gravada por vizinhos.
Nesta quarta-feira, o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, titular da 3ª Vara Criminal do Rio, acatou o pedido do Ministério Público e trocou a prisão preventiva por medidas cautelares.
Os dois policiais poderão voltar ao trabalho, em funções administrativas e sem porte de arma. Eles estão proibidos de frequentar locais públicos, como bares e festas, e devem se recolher em casa às dez horas da noite.
Além disso, não poderão ter contato com as testemunhas e parentes das vítimas, mantendo-se afastados da área de atuação do Batalhão de Polícia Militar de irajá. Outra medida fixada pelo juiz é a proibição aos militares de deixar a cidade.
De acordo com o magistrado, a gravidade do crime serve ao cálculo da pena; não à imposição de prisão preventiva, que é anterior à condenação.