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Cai frota de ônibus em São Paulo

Transporte
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Eliane Gonçalves
22/05/2017 - 16:59
São Paulo

A Prefeitura de São Paulo registrou desde o início do ano a menor frota de transporte coletivo de toda a série histórica, que começou em 2006.

 

A média mensal de ônibus e micro-ônibus em circulação  no início de 2017 foi de 14.512, segundo dados da SPTrans, responsável por administrar o transporte público na cidade de São Paulo.

 

O número fica abaixo do de onze anos atrás, quando a média foi de 14.761 veículos em circulação.

 

Em nota, a SPTrans explicou que a variação da frota ocorre em função de ajustes operacionais e argumentou que, apesar da redução no número de veículos, aumentou a capacidade de transporte de passageiros, já que ônibus menores estão sendo substituídos por veículos maiores, como os biarticulados.

 

Números oficiais mostram quem em abril de 2006,  a capacidade da frota era para 958 mil passageiros. Em abril deste ano, era de um milhão 153 mil pessoas.  Um aumento de quase 20% na capacidade.

 

Mas, de lá pra cá , também aumentou o número de usuários do sistema, em cerca de 10%.  Em todo o ano de 2006, foram transportados 2 milhões, 661 mil passageiros.

 

Nos doze meses do ano passado, esse número era de 2 milhões 915 mil pessoas. Até abril desse ano, já tinham sido contabilizados 917 mil pessoas transportadas.

 

Os números das planilhas oficiais são sentidos na prática por quem anda de ônibus na maior cidade do país. Cinelly dos Anjos, que é empregada doméstica e precisa pegar até três ônibus todos os dias para chegar ao trabalho, não duvida que o número de veículos tenha ficado menor.

 

O número médio de ônibus em circulação vem caindo a cada mês desde janeiro. Entre janeiro e abril, pelo menos 235 ônibus deixaram de circular.  A redução acontece ao mesmo tempo que aumentou a dívida da prefeitura com as empresas de transporte.

 

A divida que tem origem no pagamento do subsídio da prefeitura às passagens de ônibus saiu de  R$ 242,5 milhões no final do ano passado para R$ 324,1milhões. Um aumento de mais de 35%.

 

Uma das promessas de campanha do prefeito João Dória foi não elevar a tarifa do transporte público. Apesar da promessa, o valor da integração entre os serviços de ônibus, metrô  e trens aumentou cerca de 15% e o bilhete único mensal ficou 36% mais caro.

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