A Marcha para Jesus reuniu uma multidão de fieis de diferentes igrejas evangélicas que acompanharam oito trios elétricos numa caminhada de três quilometros e meio pelo centro de São Paulo.
Em cima dos caminhões, artistas do segmento cantavam músicas de louvor. Entre uma canção e outra, orações pediam a cura de enfermidades e o fim da corrupção no Brasil.
No chão, grupos de jovens faziam coreografias para as músicas de louvor, enquanto camelôs tentavam vender camisetas da marcha, faixas de cabeça com frases como 100% Jesus e bandeiras de Israel.
Iran Silva, de 28 anos, da Assembleia de Deus da favela de Paraisópolis explicou porque gosta da marcha.
No início da manhã, quem precisou pegar o metrô para chegar ao evento enfrentou problemas. Já que um dos principais trechos do sistema foi fechado para obras e as pessoas precisaram pegar ônibus para seguir a viagem.
Uma fila de quase 4 quarteirões chegou a se formar em uma das estações. Tamires Oliveira da igreja Sara Nossa Terra de um bairro de classe média alta, o Brooklin disse que não houve aviso da interrupção.
O atraso na entrega de três estações do metrô foi a justificativa apresentada pela empresa que administra a linha para explicar o transtorno.
A Marcha para Jesus é organizada pela Igreja Renascer em Cristo. Grupo religioso cercado de controvérsias. Em 2007, o casal que fundou a igreja, o Apóstolo Estevam e a Bispa Sônia, foi preso e condenado nos Estados Unidos com mais de 50 mil dólares em dinheiro não declarado.
Em 2009, o telhado da sede da igreja em São Paulo desmorou e deixou 9 mortos e mais de cem feridos. O pastor Estevam participou da marcha. Ele falou contra a corrupção e defendeu as reformas trabalhista e da Previdência.
