Os beneficiários do Fundo de Pensão da Caesb, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal, estão ajudando a pagar, desde fevereiro, o deficit de R$ 91 milhões do órgão.
Serão descontados, todo mês, 10,28% dos benefícios durante 15 anos. A medida foi adotada para ajudar a cobrir o rombo no fundo.
Auditoria contratada pela atual gestão do Fundiágua, investimentos na Brazal Alimentos e no Fundo FP, foram os principais responsáveis pelo prejuízo.
Em fevereiro deste ano, o fundo apresentou à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), a auditoria que identificou as irregularidades na administração dos recursos.
O estudo foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), que apura o prejuízo.
Profissionais que trabalharam na auditoria encontraram 23 irregularidades na gestão do fundo. Entre elas, a ausência de estudos para saber se existia viabilidade econômico-financeira para os investimentos.
Também está sendo investigada a ausência de políticas formais para aprovação de aplicações e resgates.
O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Distrito Federal (Sindágua) informou que está tomando medidas para que os responsáveis pelo rombo causados no fundo sejam punidos civil e criminalmente.