A Justiça Federal negou o pedido de liberdade feito pela defesa do empresário Marco Antônio de Luca, preso desde o dia 1º de junho, na Operação Ratatouille, que investiga um esquema de corrupção no fornecimento de merenda escolar e alimentação para detentos no estado do Rio de Janeiro.
Lucca é acusado de pagar propina a agentes públicos, entre eles o ex-governador Sérgio Cabral, em troca de vantagens nos contratos entre suas empresas e o governo do Rio.
Os desembargadores da Primeira Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região acataram por unanimidade o pedido do Ministério Público Federal, que alegou que a manutenção da prisão do empresário era necessária para interromper a prática dos crimes de lavagem de dinheiro ainda em curso e desmantelar a organização criminosa.
Segundo Ministério Público, Luca continuou recebendo dinheiro da Masan e da Milano, mesmo estando formalmente fora do quadro societário das empresas.
Ele teria simulado o afastamento da gestão das companhias e ocultado o recebimento de valores, fato suficiente para caracterizar a prática do crime de lavagem de capitais, de acordo com o MPF.
Os procuradores também aproveitaram para anexar à denúncia da Operação Ratatouille fatos novos que indicam delitos de lavagem do dinheiro obtido com o fornecimento de alimentação para o Estado em troca de propina a organização criminosa do ex-governador Sérgio Cabral.