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Mais de dois mil agentes de segurança morreram em 10 anos no Rio, aponta CPI

CPI da Alerj
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Lígia Souto
12/09/2017 - 18:12
Rio de Janeiro

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Rio sobre morte de policiais no estado aprovou nesta terça-feira (12) o texto do relatório final, com uma série de recomendações, entre elas a que sugere o fim da política de confronto.

 

O documento ainda será votado em plenário e entregue às instituições de segurança do estado.

 

O relatório aponta o número dos agentes mortos no estado entre os anos de 2005 a 2015.

 

Foram 268 policiais civis mortos nesse período, quase 500 bombeiros e 1302 policiais militares.

 

O relator da CPI, deputado Zaqueu Teixeira, disse que os índices são alarmantes e mostram que “os policiais no Rio são caçados por serem policiais”.

 

Ainda segundo o deputado, o risco de vida dos agentes é nove vezes maior do que o de qualquer outro cidadão.

 

Os fatores que contribuem para esse risco elevado, segundo a Comissão, são vários: a falta de planejamento, a ausência de treinamento, as precárias condições de trabalho, ausência de equipamentos de proteção, carga horária excessiva, salários insuficientes, entre outros.

 

Diante disso, o relatório final traz recomendações para melhorias nas condições de vida e trabalho dos policiais.

 

E sugere o fim da política de segurança baseada no confronto, como explica o presidente da CPI, deputado Paulo Ramos.

 

 

Outra recomendação do relatório se refere ao cumprimento integral do Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público do Rio, firmado em julho de 2015, que regulamenta a jornada de trabalho dos policiais.

 

Procurada, a Secretaria de Estado de Segurança informou que só irá se pronunciar após o recebimento do relatório.

 

Já as Polícias Civil e Militar não se manifestaram até o fechamento desta matéria.

 

 

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