O Brasil atingiu um novo recorde: No primeiro semestre de 2017 foi realizado o maior número de transplante de órgãos da história do país. Mais de 1.660 famílias autorizaram a doação – um aumento de 16% de doadores - comparado ao mesmo período do ano passado.
Esse aumento do número de doadores possibilitou a realização de mais de 12 mil transplantes no primeiro semestre deste ano – um crescimento de 8%. Para se ter uma ideia, uma única doação pode salvar até oito vidas.
Eliege Galtério, é uma dessas pessoas. Há seis anos recebeu um pulmão e agora é atleta e medalhista nas Olimpíadas de Transplantados:
Apesar dos dados positivos, o Ministério da Saúde ainda lida com duro fato: 43% dos familiares ainda se negam a doar os órgãos de entes queridos. Esse índice é muito alto, principalmente se comparado com índices externos, em que a recusa de doação não ultrapassa os 25%.
A autorização para a retirada de órgãos depende inteiramente da família. Por este motivo, a coordenadora geral do Sistema Nacional de Transplantes, Rosana Reis Nothen, destaca a importância de esclarecer todas as dúvidas dos parentes do possível doador:
Atualmente, todas as etapas do transplante são custeadas pelo SUS. A maior fila de espera é pelo rim – 26.507 pessoas, seguida pela córnea – 11.413 pessoas e fígado – 1.904 pessoas.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 30% dos pacientes que estão na fila morrem sem conseguir um transplante.