Hoje é celebrado o Dia da Internet Mais Segura em dezenas de países ao redor do mundo. E um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância lançado em Madri alertou para o acesso desigual às novas tecnologias e para o perigo da internet para menores de idade.
De acordo com o relatório, o acesso à internet está acontecendo cada vez mais cedo. Os que agora têm 15 e 16 anos começaram a usar com 10 anos, e aqueles que têm entre 9 e 10 começaram com sete.
Os riscos a que as crianças estão expostas quando navegam nas redes sociais e na internet são diversos. O bullying, o acesso a conteúdos que não são adequados para menores de idade, o uso excessivo, a falta de privacidade, o uso indevido de dados pessoais... E o assédio sexual, que afeta principalmente as meninas.
O Unicef baseou-se em um estudo realizado em 2016 com uma amostra de 4 mil crianças e 42% das meninas disseram terem sido vítimas de algum tipo de violência ou assédio sexual online.
As crianças que pertencem a grupos minoritários, como da comunidade cigana, migrantes ou de grupos LGTBI são as mais vulneráveis e as mais atacadas. A discriminação e o discurso de ódio têm um impacto muito negativo sobre elas, uma vez que perpetua estereótipos e dificulta sua integração.
Por outro lado, entre os mais vulneráveis, a rede pode desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento de seu potencial e na sua integração.
O acesso à informação através de aplicativos e plataformas especializadas pode ajudá-los na construção de relacionamentos sociais com outras crianças que têm as mesmas preocupações e dificuldades.