O ex-diretor da Dersa, a Empresa Paulista de Infraestrutura Rodoviária, Paulo Vieira de Souza foi preso esta manhã, pela Polícia Federal (PF), em cumprimento a uma ordem da 5ª Vara Federal de São Paulo, atendendo pedido da Força Tarefa da Lava Jato no Estado.
Também foi expedido um mandado de busca e apreensão na casa dele.
As informações são do Ministério Público Federal.
No último dia 22 de março a Força Tarefa da Lava Jato ofereceu denúncia contra Paulo Vieira de Souza e outras quatro pessoas por terem desviado recursos, em espécie e em imóveis, entre os anos de 2009 e 2011.
O total dos desvios chega a quase R$ 8 milhões. Dinheiro esse que seria destinado ao reassentamento de pessoas desalojadas pela Dersa para a realização das obras do trecho sul do Rodoanel, o prolongamento da Avenida Jacu Pêssego e a Nova Marginal Tietê, na região metropolitana de São Paulo.
A denúncia foi aceita e os réus respondem pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e inserção de dados falsos em sistema público de informação.
A defesa do engenheiro informou, por meio de nota, que a prisão de Paulo Vieira não tem qualquer relação com a Lava Jato e explicou que ela foi decretada no âmbito de processo sobre supostas irregularidades ocorridas em desapropriações para a construção do Rodoanel Sul.
A defesa considerou a prisão uma medida arbitrária e desnecessária porque, segundo a nota, o acusado sempre esteve a disposição da Justiça.
* Áudio e texto atualizados às 10h03 de 06/04/2018 para acréscimo de informações.