Executivos da construtora do shopping JK Iguatemi de SP são denunciados por pagamento de propina
O Ministério Público de São Paulo denunciou dois representantes da empreiteira WTorre, Paulo Remy e Willians Piovezan. Remy foi sócio da empreiteira e Piovezan, gerente. Eles respondiam pela construção do shopping JK iguatemi, na zona sul da capital paulista.
Os dois são acusados de terem pago propina para fiscais da prefeitura de São Paulo para ficarem livres do pagamento de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre Serviços (ISS), que deveriam ter sido cobrados pelo mezanino de quase 3 mil metros quadrados do shopping, em uma área construída acima do previsto.
Além dos executivos, também foram denunciados quatro ex-funcionários da prefeitura que faziam parte da chamada Máfia dos Fiscais. Ronilson Bezerra Rodrigues, ex-subsecretário de Finanças, Eduardo Barcellos, Carlos Augusto Di Lallo e Luís Alexandre Magalhães teriam recebido R$ 3 milhões em propina entre outubro de 2012 e junho de 2013, alegando que se o valor não fosse pago o shopping poderia ser fechado e multado.
Também foi denunciado o ex-auditor fiscal Willian Deiró, destacado pela máfia para calcular o valor de IPTU e ISS a ser cobrado do shopping.
Em nota, a administração do shopping JK Iguatemi informou que pagou todas as parcelas de IPTU desde a inauguração, em junho de 2012, e que desconhece qualquer prática de irregularidade no período da construção. Também em nota, a Wtorre repudiou a denúncia de que teria pago propina e informou que o ex-sócio Paulo Remy já prestou esclarecimentos ao Ministério Público ainda em 2014.
A reportagem não conseguiu contato com as defesas dos ex-funcionários da prefeitura.