São Jorge é um dos santos mais populares do país, especialmente no Rio de Janeiro, onde o dia 23 de abril é feriado estadual em sua homenagem.
Como manda a tradição, uma multidão de fiéis se veste de vermelho numa demonstração de fé e carinho especial pelo santo considerado guerreiro.
A dedicação é tanta que desde as primeiras horas desta segunda-feira, devotos católicos e de religiões de matriz africana já se aglomeravam em frente às igrejas da Praça da República e de Quintino.
Muitos para agradecer graças alcançadas. Entre eles, o promotor de vendas paulista Fagner Mouzart que há cerca de dois anos estava desempregado e apelou ao santo guerreiro para se recolocar no mercado de trabalho. Desde de então, ele vem ao Rio para agradecer.
Um dos grandes momentos das comemorações foi a Alvorada, tradicional queima de fogos em homenagem a São Jorge.
Na igreja matriz , em Quintino, na zona norte, foram celebradas missas de hora em hora. No final da tarde, uma procissão com a imagem do santo percorreu as ruas do bairro, ao som da bateria da Escola de Samba Império Serrano.
Na igreja do centro da cidade a festa também teve missas campais ao longa do dia. As comemorações foram encerradas com missa solene, celebrada pelo cardeal Dom Orani Tempesta.
O lado profano da festa ficou por conta das feijoadas e rodas de samba, que todos os anos marcam as homenagens ao santo nas quadras de diversas escolas de samba, principalmente do grupo especial.
São Jorge nasceu no ano de 275, na antiga Capadócia, região que hoje é parte da Turquia. Soldado cristão do império romano, ele foi perseguido pelo imperador Diocleciano por não abrir mão de sua fé em Jesus Cristo.
Submetido a torturas terríveis, morreu decapitado em 23 de abril de 303. São Jorge é venerado desde o século cinco, e se tornou um dos maiores santos da igreja católica, um guerreiro no combate a todos os males.